segunda-feira, 12 de julho de 2010

José Saramago


   Queridos, é com muita satisfação que venho inaugurar este meu cantinho... Aliás, nosso, pois espero dividir grandes momentos junto a todos vocês, que fazem de mim a antológica MULHER CUPUAÇU!

   Estive ausente durante muito tempo, em virtude de preenchidíssima agenda de shows e demais eventos (em sua maioria, beneficentes), não sendo justo que terceiros inaugurassem este espaço, vez que tenho esta obrigação intuitu personae com cada um de vocês!

   Recentemente precisei viajar, às pressas, a Portugal, pois não pude deixar de prestar mais uma homenagem ao meu amigo José Saramago. Não foi um momento muito agradável, uma vez que precisei utilizar de minha influência para impedir uma deselegância de maiores proporções: simplesmente um desentendimento entre os partidos representados no parlamento regional estava impedindo que a Assembléia Legislativa dos Açores aprovasse um voto de pesar pelo falecimento do nosso querido Nobel da Literatura.

   A pedidos, interpretei “O Pastor” (dos meus amigos Pedro Ayres Magalhães, Rodrigo Leão, Gabriel Gomes e Francisco Ribeiro) no Salão de Honra da Prefeitura, da capital lusa. Carregada de emoção e evocações ao Nobel, a cerimônia ressaltou riqueza literária e humana de Portugal, levando centenas de pessoas às lágrimas, o que, de certa maneira, acalmou os ânimos exaltados, já que a confusão teve sua origem atrelada ao teor do voto de pesar, redigido por Aníbal Pires, deputado regional do PCP, que mereceu o reparo do PSD, CDS/PP e PPM, alegadamente por causa de uma referência à militância comunista de José Saramago...

   Como se a perda de alguém tão querido já não fosse o suficiente, a imprensa local ainda questionou muito a minha amizade com o “Zé”, em virtude de termos visões muito antagônicas acerca de Deus. A resposta se deu por meio das palavras da querida Pilar del Río, ao afirmar que havia morrido "um homem bom, uma excelente pessoa e um escritor magnífico". E disse mais: apesar do vazio que o escritor deixou, só devem chorar aqueles que não o conheceram!

   No fim, tudo deu certo e eu acabei ajudando a Pilar com as homenagens ao Saramago. Comprometi-me pessoalmente de que a última turnê dos “Filhos da Pucca” (“Braziliam Day’s Tour”) incluiria Portugal e que pediria desculpas ao povo amazônida, vez que Saramago participaria de minha turnê “APHOTEÒSE”, iniciada no finalzinho do mês passado...

   Pois bem, cá estou... firme e forte como sempre! E acho que não preciso me desculpar pelo “Zé”, pois todos vocês que acompanham o meu trabalho sabem o que representou para mim ter que subir, naquele dia 24 de Junho de 2010, às 20:30h, em um palco na cidade do Oiapoque/AP, iniciando a “APHOTEÒSE” com Tchaka, Tchaka (This Time For Guajará), música que compus em parceria com o Saramago.

   Aqui, gostaria de agradecer aos meus queridos amigos “Nicolas Sarkozy” e “Carla Bruni”, pelo imenso carinho e consideração que tiveram pela Amazônia, vez que a Carlinha fez a abertura do meu show no Oiapoque, e o Nickye se comprometeu em viabilizar o acordo Brasil/França em prol da construção da ponte que nos ligará a São Jorge (Guiana Francesa)... Muito obrigada!

   Como esse post está muito extenso, prometo que vou registrar, no próximo, detalhes da minha primeira turnê independente!

   Grande beijo e obrigada pelo carinho!

   Priscila.